"Fiz cirurgias para corrigir diversos problemas e nem todas foram bem sucedidas. Mas esta sim, funciona!"
O comentário acima, feito por Todd Palkowski, refere-se à cirurgia de fusão espinhal a
que foi submetido há 20 anos para corrigir uma forte escoliose. Ele é
portador de Atrofia Muscular Espinhal (AME) e tinha 13 anos de idade
quando fez a cirurgia.
Como
ocorre com muitos portadores de AME e praticamente todos os portadores
de distrofia muscular de Duchenne, os músculos da coluna de Todd
tornaram-se fracos demais para mante-lo ereto.
A
cirurgia de fusão espinhal, que coloca um par de hastes metálicas ao
longo da coluna vertebral, fez com que ele ficasse ereto, em uma postura
correta ao sentar na cadeira de rodas, e deu-lhe mobilidade suficiente
para trabalhar tempo integral como terapeuta ocupacional.
Consegue-se
uma postura ereta por meio do balanço dinâmico existente entre
diferentes músculos da coluna, que puxam em direções opostas, e contra
as vértebras, impedindo que a coluna entorte sob o peso da parte
superior do corpo.
Quando
observadas por trás, as vértebras alinham-se umas sobre as outras,
permitindo que o peso do corpo transfira-se ao longo delas até a pélvis.
Mas quando os músculos responsáveis por mante-las alinhadas
enfraquecem, as vértebras desalinham-se resultando na ESCOLIOSE.
A Escoliose
Escolioses normalmente provocam o aparecimento, na coluna, de uma curvatura em foma de "C",
à medida em que nosso equilíbrio tenta compensar o desalinhamento. O
desvio para a esquerda da parte superior move o cento de equilíbrio para
esse lado. Para compensar e manter o centro de gravidade alinhado com a
pélvis, a parte baixa da coluna é entortada na direção oposta.
Uma
coluna normal, se observada por trás, é reta, e quando vista pela
lateral apresenta a forma de um "S" que inicia na pélvis (quadril),
quando a coluna caminha ligeiramente para frente e curva-se para trás
até encontrar o início da caixa toráxica. Ao chegar nos ombros
entorta-se mais uma vez para a frente até encontrar a base do crânio.
Coluna normal
O excesso de curvatura na região dos ombros é conhecida por CIFOSE, e é comum em muitas doenças neuro-musculares.
A Cifose
Por serem ambas resultantes do enfraquecimento muscular, cifose e escoliose normalmente
aparecem juntas, e são muito comuns particularmente na distrofia
muscular de Duchenne, iniciando ao redor dos 10 anos de idade e
acompanhando a transição para o uso da cadeira de rodas ( embora um fato
não seja a causa do outro).
E apesar de ambas terem como causa básica a progressiva perda de força muscular, o aumento do tempo em que se permanece sentado pode acelerar a curva de progressão, devido ao ato de se apoiar nos braços da cadeira.
Além
disso, o rápido crescimento e o aumento de peso, que ocorrem nessa
fase, são fatores importantes para a piora dos problemas na coluna, pois
ocorre um aumento do esforço nos músculos enfraquecidos que a
sustentam.
Na Atrofia Muscular
Espinhal (AME) o aparecimento da escoliose é função da idade em que a
doença começa, afirma o Dr. Walter Greene, responsável da pediatria na
"University of Missouri School of Medicine, Columbia, USA".
Ele afirma:
"Dos
pacientes com AME diagnosticados ao redor dos 5 ou 6 anos de idade, e
que conseguem caminhar ainda por muitos anos, cerca de metade
desenvolvem escoliose. Nos casos mais severos, onde a pessoa nunca
chegou a caminhar, a escoliose era quase certa"
Escoliose
e cifose afetam cerca de 15% das pessoas que tem uma neuropatia chamada
Charcot-Marie-Tooth, que tem início por volta da adolescência. A
gravidade varia segundo o caso, e pode ser necessária uma cirurgia
corretiva.
A escoliose também
pode ocorrer em doenças como a Ataxia de Friedreich, a distrofia
miotônica, a distrofia fascio-escapulo-humeral e em um grande número de
miopatias congênitas. Aqui a velocidade de progressão e a gravidade
também são variáveis.
UMA GAMA DE BENEFÍCIOS
Embora
a escoliose seja freqüente seu tratamento para portadores de doenças
neuro-musculares difere em alguns pontos importantes", afirma o Dr.
Freeman Miller, do "DuPont Institute, Wilmington, Delaware".
A
cirurgia para correção da escoliose e da cifose (fusão espinhal), tem
por objetivos obter uma postura correta ao sentar na cadeira de rodas,
prevenir a dor, melhorar a auto-imágem e aumentar a eficácia dos métodos
de ventilação não invasiva.
As
acentuadas curvaturas da coluna, devido à falta de suporte muscular,
resultam num desbalanço de peso mesmo estando-se sentado.
"Quando
isto ocorre as nádegas receberão pesos diferentes no lado esquerdo e no
direito, o que pode resultar em ferimentos por excesso de pressão na
pele (escaras)," afirma o Dr. John Bach, diretor clínico da Associação
Americana de Distrofia Muscular e diretor clínico do "Department of
Physical Medicine and Rehabilitation" da "University of Medicine and
Dentistry of New Jersey, Newark."
O mesmo pode ocorrer se cotovelos e antebraços forem usados como apoio para do corpo.
"Se
a curvatura da coluna torna-se realmente muito acentuada" comenta Dr.
Bach, "as costelas pressionam fortemente para o interior do abdômen, ou
contra o osso da bacia, o que pode ser muito doloroso. Se as vértebras
pressionarem umas contra as outras, os nervos podem ser atingidos
produzindo dores crônicas. E ao final, o ato de sentar torna-se
impossível."
Endireitar a coluna também melhora a aparência e livra os braços da tarefa de suportar o corpo.
Como
afirma o Dr. Bach, "com uma coluna alinhada pode-se inclusive usar um
equipamento chamado “cinto-pneumáticol” para auxiliar a função
respiratória quando ela tornar-se deficiente."
O
“cinto-pneumático” é um dispositivo usado ao redor da cintura, que ao
inflar pressiona contra o abdômen, fazendo você expirar sem esforço
algum. Em seguida a inspiração pode ser feita com facilidade quando o
cinto desinfla.
Desenho de um cinto pneumático e o ponto de conexão com o respirador.
"As
pessoas dão preferência ao “cinto-pneumático” quando comparado a
dispositivos tais como bocais, mascaras nasais, ou traqueotomia. Mas não
há como usá-lo se você tem uma escoliose não corrigida" afirma o Dr.
Bach.
Antes que a cirurgia de
fusão espinhal se tornasse comum no final dos anos 70, as pessoas com
escoliose devido a uma doença neuromuscular eram tratadas com coletes
que rodeavam o peito e o abdômen. Na distrofia muscular de Duchenne essa
técnica pouco ajudava porque não impedia que ocorresse o colapso da
coluna, decorrente do enfraquecimento muscular.
Dr. Bach diz:
"O
progressivo enfraquecimento dos músculos respiratórios torna a cirurgia
muito mais arriscada se feita em um estágio mais avançado da doença.
Não se deve usar coletes para prevenir escoliose em portadores de
Duchenne. Você está simplesmente postergando o real tratamento, e poderá
perder o momento certo de
fazê-lo".
fazê-lo".
O uso de coletes funciona bem na Atrofia Muscular Espinhal (AME), onde a escoliose aparece bastante cedo.
Dr. Walter Greene diz:
"Tentamos
frear a escoliose enquanto a criança cresce, e as decisões dependem de
diversos fatores: o quanto de fraqueza já existe, qual a flexibilidade
da coluna, qual a velocidade da curva de progressão, e qual a aceitação
da pessoa quanto ao colete. O objetivo é esperar pelo menos até os 10
anos de idade para fazer a cirurgia de fusão."
Se
a cirurgia for feita cedo demais a parte superior da coluna continuará
crescendo, ao passo que a inferior não, produzindo uma curvatura na
costas e dificuldades para manter a visão frontal.
Todd Palkowski usou colete desde que foi diagnosticado, aos 4 anos, até a cirurgia, aos 13.
Ele diz: "Por mais que odiasse o colete, tive medo de tira-lo quando o momento chegou. Apesar disso não tenho saudades dele."
O MOMENTO CERTO PARA OPERAR
A
cirurgia de escoliose pode, de fato, ser planejada com antecedência,
mas há exceções. Will Spencer, de Denver, portador de Duchenne, sofreu
um acidente automobilístico aos 15 anos de idade.
"Minha
distrofia estava evoluindo muito bem até esse momento, mas quebrei um
braço e uma perna, e fui obrigado a passar um longo tempo na cama em
recuperação."
Ele já usava uma cadeira de rodas e percebeu uma rápida progressão na curvatura da sua coluna.
"Fomos
como que tomados de surpresa" disse ele. Mesmo assim Spencer teve ainda
muitos meses para decidir-se sobre a cirurgia e para programar-se.
Na
distrofia muscular de Duchenne a cirurgia não pode ser adiada tempo
demais porque a capacidade vital (o volume de ar inspirado e expirado)
continua a diminuir.
Para
determinar a época apropriada para a cirurgia, os médicos observam duas
medidas. A primeira é a curva de progressão propriamente dita.
Normalmente o topo das vértebras são paralelos entre si e com relação ao
solo, e as linhas que passam horizontalmente pelo topo de cada vértebra
nunca se encontram.
Quando a coluna entorta, essas linhas se cruzam e formam um ângulo, que é medidos com base em chapas de raios-x.
O Dr. Bach diz:
"Para
escolioses que não são causadas por doenças neuromusculares, um ângulo
de 40 graus é o valor indicativo para uma cirurgia. Mas para quem tem
Duchenne essa curvatura só é alcançada depois que os músculos
respiratórios estão fracos demais para uma cirurgia segura. Nesse caso,
uma curvatura máxima de 25 graus é o valor máximo."
Dr. Greene diz:
"Se a curvatura alcança os 25 graus, podemos ter quase certeza de que ela passará desse valor."
Entretanto
nem sempre a escoliose ultrapassa os 25 graus de curvatura, observa o
Dr. Bach. Assim devemos levar em consideração a segunda medida: a
capacidade vital.
Capacidade
vital (CV) é o termo usado para descrever o volume de ar que é inspirado
e expirado em cada respiração. A medida em que a pessoa cresce, sua CV
aumenta. Entretanto, em Duchenne, o enfraquecimento dos músculos
respiratórios muda essa tendência, e um teto máximo é alcançado próximo
da adolescência.
Dr. Bach explica o significado desse valor máximo e sua relação com a cirurgia para a correção de escoliose:
"Se
o valor do teto máximo da CV é alto, algo acima de 2500 centímetros
cúbicos, a velocidade de declínio da CV é baixa e pode-se aguardar mais
tempo antes de ter que decidir sobre a cirurgia. Alem disso cerca de 25%
das pessoas que alcançam um valor máximo de CV alto, não apresentam
progresso na escoliose.
Entretanto
se o teto máximo for baixo (ao redor de 1700 centímetros cúbicos), não
só teríamos um valor muito reduzido, mas também estaríamos falando de
pessoas cuja escoliose apresenta velocidade de progressão mais elevada, e
que se manifesta em quase 100% das crianças.
Nesses
casos, se você aguardar que a curvatura alcance os 40 graus, a
capacidade vital teria alcançado um valor baixo demais para efetuar uma
cirurgia segura."
Os médicos também medem a porcentagem de capacidade vital baseando-se em altura, sexo e idade.
Em
Duchenne a CV geralmente cai abaixo de 50% do esperado por volta dos 11
anos de idade e continua caindo nos anos seguintes. Os cirurgiões
concordam que abaixo dos 20% a cirurgia é arriscada demais, e muitos
preferem operar quando a capacidade vital alcança de 35 a 40 por cento
do esperado. Nesse ponto é possível concluir se a escoliose continuará
avançando e se ainda é o tempo correto para se efetuar a cirurgia de
forma segura.
PROCEDIMENTOS APERFEIÇOADOS
Will
Spence decidiu-se em relação à cirurgia após ter conversado com
cirurgiões e com um amigo que passou pelo mesmo procedimento.
"Os excelentes resultados que meu amigo obteve foram o que eu precisava para poder decidir-me."
O
procedimento mudou bastante desde que o chamado Sistema de Harrington
foi inventado em 1962. Ele consistia em colocar duas hastes metálicas na
base da coluna, uma de cada lado, fixando-as com ganchos no topo e na
base. Depois disso a pessoa permanecia imobilizada com um colete moldado
especialmente para ela aguardando que as vértebras se fundissem.
Detalhamento das hastes (em vermelho) e seus pontos de fixação
Na década de 70 o Dr. Eduardo
Luque, cirurgião ortopédico mexicano especializado em doenças
neuro-musculares , desenvolveu um sistema onde as hastes eram presas a
cada uma das vértebras, o que permitia que acompanhassem mais
precisamente a curvatura das costas, e as vértebras eram tratadas para
promover uma fusão mais rápida.
O
método do Dr. Luque permitiu obter-se uma movimentação mais rápida no
pós-operatório e um alto grau de correção. E sofreu modificações ao
longo dos anos.
Em um sistema, duas hastes metálicas acompanham a coluna, do topo da caixa torácica até a pélvis, onde então são fixadas.
O
Dr. Freeman Miller acredita que fundindo-se as vértebras até a pélvis
proporciona-se uma melhor postura ao sentar, ao passo que o Dr. Greene
acha que isso pode causar mais problemas do que soluções, ao menos em
portadores de Duchenne.
Ele diz:
"Sempre
que as vértebras são fundidas até a pélvis, você fica preso numa única
posição, sem alternativas. Se ainda se está ligeiramente fora de
equilíbrio após a cirurgia, talvez ser seja mais difícil sentar-se
confortavelmente. Por outro lado, sem fundir até a pélvis, pode-se obter
mais mobilidade como passar o tempo."
Devido
ao fato de portadores de Atrofia Muscular Espinhal terem uma
expectativa de vida relativamente mais longa, a fusão das vértebras até a
pélvis tem sido a cirurgia de escolha após o período em que eles perdem
a capacidade de caminhar.
Em
outros aspectos a maioria das cirurgias para fusão da coluna são muito
similares entre si, durando cerca de 4 horas sob anestesia geral.
Uma
maior compreensão dos riscos envolvidos na anestesia em pacientes com
Duchenne tem diminuído muito a ocorrência de uma condição chamada
Hipotermia Maligna, na qual a temperatura corpórea sobe repentinamente.
Certos tipos de anestésicos podem disparar a ocorrência dessa condição
potencialmente fatal, mas se evitados, e com o devido monitoramento da
temperatura durante a cirurgia, o problema fica resolvido.
A FUSÃO É O OBJETIVO
Durante a cirurgia ocorrem dois processos distintos:
O primeiro consiste em posicionar e fixar as hastes metálicas: Fios
são passados das hastes para a junta que separa duas vértebras. À
seguir eles atravessam o canal por onde também passa a medula,
reaparecendo na junta seguinte. A passagem do fio próximo a medula
introduz um risco adicional.
Dr. Green observa:
"Felizmente
há um camada de gordura que atua como proteção entre a medula e nossos
fios. Nunca soube de casos onde tenha havido problemas."
O
segundo procedimento consiste na remoção da camada de proteção da
vértebra, na região onde uma entra em contato com a outra, para promover
a fusão entre elas. Fragmentos de ossos também são introduzidos no
espaço entre as juntas, servindo de ponte entre as vértebras. Nos
primórdios da cirurgia de fusão, esses fragmentos eram retirados da
bacia do paciente, mas atualmente são obtidos das próprias vértebras, ou
do banco de ossos para transplantes do hospital.
O maior complicador da cirurgia é a perda de sangue, que pode variar entre 3 e 6 litros, sendo substituídos por transfusão.
Transfusões desse volume podem provocar complicações pós-operatórias como dores e acumulo de fluidos nos tecidos próximos ao local da cirurgia.
Transfusões desse volume podem provocar complicações pós-operatórias como dores e acumulo de fluidos nos tecidos próximos ao local da cirurgia.
O Prednisone, um dos
dois únicos medicamentos que ajudam a melhorar a força muscular na
distrofia muscular de Duchenne, provoca uma inoportuna perda mineral na
estrutura dos ossos.
Dr. Miller diz:
"Apesar
do Prednisone certamente não ser benéfico à estrutura dos ossos, minha
percepção é de que ele não atrapalha a cirurgia em si".
Ele preocupa-se com o fato de que o uso prolongado de esteroides pode provocar um enfraquecimento excessivo dos ossos.
AJUSTADO-SE ÀS MUDANÇAS
Depois
da cirurgia a maioria dos pacientes são mantidos no respirador de 24 a
48 horas. Uma vez que os músculos das costas são inevitavelmente
atingidos, seu uso imediatamente após o procedimento é algo doloroso, e o
respirador permite que eles relaxem.
O
respirador também permite o uso de analgésicos derivados de morfina,
cujo efeitos colaterais incluem a depressão da função respiratória. Além
disso, seu uso promove uma ventilação eficiente, reduzindo o risco de
pneumonias.
Em alguns casos
pode-se efetuar a drenagem postural dos pulmões, pois a combinação de
uma função respiratória reduzida, com acúmulo de fluidos, são um risco
aos pulmões.
Essa drenagem é
efetuada numa uma cama especial onde a cabeça fica em um nível inferior
ao dos pés, permitindo que os fluidos saiam dos pulmões por gravidade.
Pode-se utilizar também a tapotagem nas costas.
Muitos pacientes voltam a sentar em suas cadeiras de rodas dois dias após a cirurgia, e permanecem no hospital por uma semana.
Dr. Miller diz:
"Queremos
que nossos pacientes iniciem uma respiração profunda nesse momento,
porque a rigidez do tórax pode impor dificuldades."
Mas Will Spencer sentiu justamente o oposto:
"Minha respiração ficou muito melhor após a cirurgia, e essa foi uma das maiores mudanças."
Embora a cirurgia traga melhoras na função respiratória, ela também pode trazer alguma perda de capacidade vital.
Todd Palkowski diz:
"A mudança postural, claro, é uma das maiores diferenças. Cresci 30 centímetros com a operação, só por estar mais ereto."
São necessários ajustes na cadeira de rodas para acomodar essas mudanças.
Algum
desconforto inicial poderá ser sentido com o aumento da rigidez,
especialmente quando ocorre a fusão até a pélvis. Spencer percebeu que
necessitaria de um assento moldado sob encomenda, algo que não esperava.
Dr.
Greene comenta que ocorrer desconforto é raro, e que muitos dos que se
submeteram à cirurgia sentiram alívio nas dores das costas que sofriam
há muito tempo.
O aumento na
altura pode também provocar algumas mudanças, já que inclinar-se para o
prato na hora das refeições será impossível.
As técnicas para transferência também mudam.
"Uma vez que já não posso mais curvar-me, é mais complicado ser levantado por outra pessoa.", diz Spencer.
Sentar-se
mais ereto também produz alterações no carro. E porque a parte baixa da
coluna está imóvel devido à fusão, enquanto o pescoço está livre, há
uma grande alteração no que diz respeito à mecânica de movimento do
tronco como um todo.
Se houver fusão até a pélvis, girar o corpo significa rodar tronco e pélvis juntos.
Todos
esses problemas podem ser administrados satisfatoriamente com um
planejamento prévio em conjunto com terapeutas ocupacionais e
fisioterapeutas.
Traduzido do original:
SCOLIOSIS SURGERY
Setting the Record Straight
by Richard Robinson
Setting the Record Straight
by Richard Robinson
Fonte: Blog Deficiência em Evidência
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